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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Iracema - Resenha

Leitura feita no ano passado desse livro do cearense José de Alencar. Iracema foi escrito na fase indianista do autor e, sendo assim, tem forte expressão nacionalista. A obra retrata o nativo brasileiro sob a ótica do ideal romântico. Aqui há a personificação do encontro entre a natureza (Iracema) e a civilização europeia (representada pelo navegante Martim). A palavra "Iracema" é um anagrama da palavra "América" e o nome "Martim" faz alusão ao deus romano da guerra. Nessa parábola minuciosa nasce o primeiro cearense, chamado Moacir, que significa "dor". É interessante a construção dessa narrativa feita por José de Alencar, embora leve e curta, ela traz muita informação e reflexão sobre o processo de colonização do Brasil.

Não esqueça de você

O que eu estava fazendo em 2006. 🍃 Não podemos olhar para o passado com o desejo de estarmos lá, haja vista que isso nos paralisa e nos coloca em um lugar de angústia. O passado não volta e, nesse momento, não existe. Mas devemos sim, olhar para trás a fim de lembrarmos sobre quem fomos/somos, reconectarmos com o que gostamos, com o que nos move, com o que nos trouxe até aqui. Talvez muita coisa tenha mudado, mas sempre haverá algo útil sobre você mesmo pelo qual vale a pena lembrar.

O elogio ao ócio - Resenha

Esse #tbt é para lembrar desse livro esquecido na prateleira, mas que levanta uma discussão sobre um tema que merece ser debatido e refletido, sobretudo atualmente. . Embora a rapidez e a multiplicidade de tarefas seja o assunto em voga, é importante questionar se estamos vivendo da maneira como gostaríamos de viver ou se é apenas porque a sociedade impõe um modelo a ser seguido. O elogio ao ócio de Bertrand Russell é um compilado de 15 artigos. Ele aborda o ócio como elemento fundamental no dia a dia. O ócio e o conhecimento contemplativo, para Russell, é ideal para que a sociedade tenha uma vida saudável, com redução da carga horária de trabalho para 4h diárias a fim de que pudéssemos nos dedicar mais à cultura e lazer. Entretanto para muitos, o conhecimento "inútil" é irrelevante, pois são prisioneiros do "culto da eficiência", ou seja, valorizam o conhecimento pelos benefícios econômicos e pelo aumento do poder que podem exercer sobre outras pessoas

Calma no processo

A vida é feita de processos, calma.  A medida em que crescemos, não raro, nos esquecemos dos diversos processos pelos quais experimentamos ao longo da nossa vida. Com isso, tendemos a nos desesperar, angustiar e paralisar, ao passar por novos processos.  Vale lembrar que processo envolve o desconhecido, a tentativa e o aprendizado. É assim, continuamente. Quando pequenos nos vemos com o desconhecido que é a necessidade de caminhar, engatinhamos (inúmeras vezes) nas tentativas de conseguir, e a cada tentativa, fortalecemos mais nosso corpo, e por último, aprendemos a andar. Os processos envolvem início, meio e fim.  Em algum momento nossas certezas irão se desfazer e estaremos diante do desconhecido outra vez. Que a gente possa respirar e lembrar que já enfrentamos outros antes e que isso também passará, nos transformará e deixará grandes e necessários aprendizados. Calma...

Uma vida com propósitos - Resenha

Esse é o livro que gostaria que não tivesse fim. Rick Warren fez com que voltasse o meu olhar para mim, para o próximo e para Deus. Ao longo da vida há um momento em que muitos se questionam sobre o seu propósito no mundo e sobre o agir de Deus. Nesse livro, o autor nos convida para uma jornada de 40 dias e, em cada dia, 1 breve capítulo deve ser lido. Breve, mas profundo. Por isso há um capítulo diário, para que possamos refletir e meditar sobre as implicações de cada capítulo em nossa vida. Warren oferece diretrizes para elaborar e aplicar o propósito. A sensação de acolhimento e de esclarecimento sobre nós, Deus, sobre propósitos... É um acalento. E o que mais me tocou é que nosso propósito de vida não é algo de extraordinariamente difícil, já que consiste em servir ao próximo. E para servir basta usarmos a nossa FORMA, o que a gente tem de melhor para oferecer: um abraço, um alimento, uma palavra, uma oração, um sorriso [...]. A nossa vida precisa de um propósito e, para

Gente Pobre - Resenha

Esse é o meu livro, ou melhor, o tipo de literatura que gosto de ler: romance social. O primeiro livro publicado por Dostoiévski foi Gente Pobre, em 1845, um romance epistolar (história desenvolvida através de cartas). A narrativa se desenvolve por intermédio da troca de cartas entre o senhor Makar e uma jovem chamada Varvara. Ambos em situação de pobreza, se descobrem parentes distantes e mutuamente se ajudam, da forma que podem. Fato é que, para além da ajuda financeira, a existência do outro e a comunicação entre eles, é o sustentáculo que os mantém vivos em meio a tantas dificuldades e desesperança. Dosto traz "o homem sem importância" como personagem central e mostra a imagem interior daquele que, em meio a situação de pobreza e humildade social, é um ser pleno, capaz de pensar, sentir e agir de maneira profunda. Gente Pobre fala sobre as questões sociais e assim, Dosto através do copista - funcionário inexpressivo na repartição pública de Petersburgo - faz

Identifique o seu valor

O barulho exterior pode nos fazer esquecer quem somos e o valor que temos. É preciso estar atento e firme quanto ao que se é.

Agir é preciso

Quando vamos apenas "levando a vida", é comum que, em dado momento, venhamos a nos sentir perdidos.  A vida pede equilíbrio em tudo e, ao pedir, ela espera sempre uma ação. Sendo assim, "levar a vida" não é adequado para equilibrar-se. É preciso mais, a chave é decidir agir e o momento é o agora.  Ter medo diante das escolhas e paralisar, é não viver. É ficar a esmo aceitando o que vier.  @formigatsl

Pollyanna e Pollyanna moça - Resenha

Essa é uma história sobre empatia e gratidão. A pequena Pollyanna, desde cedo, passou por diversas dificuldades. Entretanto, aprendeu com seu adorável e falecido pai um jogo que mudou sua forma de encarar a vida. O "Jogo do Contente" consiste em achar algo de bom em cada situação difícil que passar. É estar contente e ser grato com as vivências, pois ali há uma nova oportunidade.  Pollyanna além de empática, é generosa. A menina ensina o jogo para os que cruzam o seu caminho e, embora tenha encontrado muita descrença, resistência e "rabugice", não desistiu.  Ela convenceu a todos com seu exemplo de fé e perseverança em meio a tantos acontecimentos lamentáveis pelos quais passou. Ela provou que, às vezes, a mudança de perspectiva faz uma grande diferença na vida das pessoas.  @formigatsl

A cabana - Filme

Quero muito ler o livro. Sobre o filme, a história sobre um homem chamado Mackenzie, me emocionou. Ele que trazia consigo feridas da infância e que passou pelo terrível momento de perder sua filha, Missy, 6 anos, de forma violenta e nunca encontrada. Na minha opinião a história retrata todo o processo que as pessoas enfrentam ao perder quem amam. As fases do luto são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Processos naturais do ser humano que agem como um mecanismo de defesa. Vemos Mackenzie passando por todas essas fases sentindo culpa, solidão, dúvida, arrependimento e tristeza. Só que ele consegue chegar a aceitação com o auxílio da espiritualidade. É através do amadurecimento espiritual que ele faz as pazes consigo mesmo e com Deus. Mack tem um encontro com Deus, Jesus e o Espírito que, acredito, aparecem personificados para melhor visualização das conversas e ações das personagens.  Nesse encontro Mack questiona. Como muitas vezes também já fizemos:

Opinião é experiência

É tão comum encontrarmos tantos achismos carregados de desconhecimento, preconceitos e construções sociais rasas.  Sendo assim, essa frase é um convite para o exercício da empatia . Às vezes só precisamos ouvir e respeitar, não é obrigado ter e emitir instantaneamente uma opinião formada sobre tudo.  É de suma importância reconhecer a ignorância e buscar construir o conhecimento . Para isso, é necessário absorver informações em diferentes aspectos, compreendê-las e associá-las com a própria vivência para ter uma base.  O que não podemos é criar um parâmetro universal para tudo. Temos experiências distintas, podem até terem semelhanças, mas nunca igual. Somos únicos. Sentimos diferente. O que não devemos é diminuir a dor do outro, descredenciar uma habilidade, anular algo que não temos experiência ou tivemos, mas de forma diferente.